quarta-feira, 29 de julho de 2015

CRISE NO TURISMO



MALU FONTES

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Crise no turismo em Salvador - Hoje, numa matéria da TV Bahia, sobre uma reunião com o secretário estadual do Turismo, Nelson Pellegrino, e outras autoridades do setor e empresários da área, um represente do setor hoteleiro ressaltou a em entrevista importância de 4 elementos essenciais para resgatar o volume de turistas em Salvador: a reforma do Centro de Convenções, a conclusão da reforma do Porto, a conclusão da reforma da Feira de São Joaquim e a ênfase em campanhas publicitárias (enquanto a emissora ilustrava essa frase com uma imagem fechada de um cartaz da campanha Liquida Salvador (?!! Oi? Não entendi. 

Quem tá falando de consumo? Quem vem fazer turismo em torno da Liquida Salvador? Comércio e shopping tem em todo lugar, não precisa vir para cá). Nesse último item, foi mais do que enfático. Reiterou literalmente que Salvador precisa estar na mídia, se vender nas feiras de turismo, e por aí.

Vem cá: não tá faltando incluir nada nesses 4 pontos, não? Quem dera fosse SÓ isso (como se fosse pouco. Não é). Falta dizer o essencial. As pessoas vêm pra cá (e falo de Salvador, não dos resorts do litoral norte, que acabam de algum modo se bastando com suas opções internas de lazer e atendem um outro tipo de turista, mas da capital mesmo) e vão fazer o quê mesmo? Sim, as pessoas compram um pacote de estadia em Salvador. Aqui chegando, vão fazer o quê, exatamente, de coisas bacanas, claro?

A comida é cara, o serviço é horrível e não dá sinais de melhora, o Pelourinho é lindo mas tem, sim, um assédio desagradável de ambulantes (assim como as escadarias do Bonfim e a porta do mercado modelo), tem até mapa com rota de fuga de ladrão, não temos transporte público decente nas vias principais de circulação turística, quem aluga carro terá dificuldade de vagas para estacionar, não há casa de shows e espetáculos com a qualidade que uma cidade turística exige, os museus fecham nos fins de semana e as praias urbanas, talvez com exceção da Barra, são lugares de risco: inseguras do ponto de vista da integridade física e mais ainda do ponto de vista sanitário. 

Tirou-se o que se tinha e, ao invés de espaços bucólicos agradáveis e sem a privatização que se tinha por parte dos barraqueiros (isso era o anunciado), têm-se agora um amontoado de ambulantes com cadeiras ele plástico encardidas e sombreiros enferrujados para alugar e comidas sendo vendidas de jeitos que é um desconvite até para-a um exército de famélicos. Vamos, hoje, fazer propaganda do que mesmo?

 Vamos "vender" o que mesmo, além das belezas naturais e do patrimônio histórico com mil problemas no entorno dos dois? O que podemos vender com a garantia de que vamos poder entregar para o turista?

Outro elemento da matéria que não deixa de ser intrigante foi a referencia ao fato de que empresários do setor turístico de Salvador estão saudosos dos índices do ano passado, 2014, quando houve um aumento de 13% no índice de turistas, em relação a 2013, por conta da Copa do Mundo. 

Eu devo ser muito burra. 13% é um índice ótimo numa cidade que estava sediando jogos da Copa do Mundo?! Para mim, no contexto em que foi, é um índice horrível.

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