quinta-feira, 21 de agosto de 2014

TEIXEIRA GOMES EM GUERRA

Amici, os judeus continuam a me atacar e, como sou chegado a um combate, mando-lhes foguetes, ainda não atômicos. Leiam, reflitam e divulguem. Abs do Pena de Fogo, conhecido como TG.

Prezado sr. David, 
O sr. diz que sou radical porque me indigno com a matança de crianças e civis em Gaza. Quero apenas que me responda quando foi que eu, em minha longa carreira de jornalista, ataquei uma única vez sequer o povo judeu ou investi contra a existência de Israel, sempre defendida pela minha pena. 

Tornei inclusive minha, em artigo já publicado, a frase da jornalista de guerra Martha Gellhorn (de ascendência judaica, foi casada com Hemingway e namorou com Roberto Capa), que escreveu, sobre a guerra dos seis dias: "A Alemanha de Hitler tornou Israel essencial". 
Bem vê que não sou um radical, ao contrário dos governos de Ariel Sharon e Bibi, militaristas obsessivos. Apenas considero que a guerra vergonhosa do Oriente Médio não terminará enquanto prevalecer a cegueira ideológica e o militarismo irredutível, o mesmo que armou a mão do jovem judeu fanático que matou o grande líder Rabin e inviabilizou, com apoio da direita ultra-radical, o acordo de Oslo. 

Este seria o caminho para desarmar o Hamas e evitar os túneis e os foguetes, provocação condenável, perigosa, que precisava de fato ser neutralizada, mas de forma racional, e não com bombardeios indiscriminados em Gaza. 
Um Estado regido por leis não pode recorrer aos processos destrutivos de grupos criminosos a pretexto de combater o terror. Tudo tem uma medida. Vejo que, como tantos outros, o senhor é também um radical que só pensa nos termos "nós, os heróis ocidentais, as vítimas, eles, os árabes, uns degenerados fundamentalistas". 

Com sua experiência de militar o senhor deveria ter aprendido a rejeitar a visão maniqueísta. Israel foi um estado heróico no seu início, suportando os ataques incompetentes dos arabes militarmente desorganizados e divididos por rivalidades que o Ocidente oculta.  
Lembra-se da guerra recente entre o Irã e o Iraque? 
O papel pró-Israel das milícias cristãs do Libano, que, com a ajuda militar de Sharon, massacraram palestinos em Sabra e Shatila? 
Lembra-se do que fez o mentiroso Bush no Iraque, devastando um país histórico a pretexto de matar um ditador que não tinha as armas alegadas, e assim ampliando o ódio árabe ao Ocidente? 

São os árabes os exclusivos agentes do terror mundial? Lembra-se que Dilma Rousseff combateu a ditadura do Brasil com ações terroristas? Sabe o que eram as organizações judaicas do Irgun e da Gang Stern, condenados pelo radicalismo terrorista por lideres judaicos do nível de Golda Meir? (leia as suas memórias!). 

Lembra-se que Menachem Begin ajudou a detonar o hotel Rei David em Jerusalém para apressar o fim do mandato britânico na Palestina? Se Israel militarmente já viveu sob perigo imenso e resistiu com bravura, hoje o Estado de Israel possui um dos exércitos mais poderosos do mundo, com cobertura total dos Estados Unidos. 
É preciso mudar o discurso sectário e monocórdico, eliminar o radicalismo também do lado de cá, pois nos confrontos a verdade não está nunca de um lado só. 

Caro amigo, vamos tomar um café, e discutir amavelmente sobre o que é preciso fazer para que a lição de Itzhaq Rabin volte a inspirar o Israel da paz, da fraternidade e do milenar heroísmo do seu povo. Repudio que eu seja anti-Israel, mas sou contra o militarismo, e antes de morrer ainda quero ver o povo palestino, não os terroristas do Hamas, respeitados em seu direito à existência como estado. Eis o único meio de neutralizar o terrorimo das bombas, dos túneis, dos foguetes e do ódio. 
Será que entendeu agora minhas posiçõe?

Abraços fraternos do JC Teixeira Gomes, leve-me às comunidades judaicas para debater! 

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