sexta-feira, 22 de agosto de 2014

PEIXE PANGA

Embora existam várias espécies do gênero Pangasius, somente duas são cultivadas no rio Mekong - Pangasius bocourti e Pangasius hypophthalmus - sendo a produção do segundo destinado para exportação.

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Os peixes são cultivados em tanques formados artificialmente, com a própria água do rio Mekong, tratada e altamente controlada para garantir o padrão de qualidade internacional da aquicultura. Apesar da aquicultura no Vietnã ser difundida desde o início da década de 1960, os primeiros relatos do cultivo da espécie Panga voltada para a comercialização é datada do ano de 1997, de acordo com a VASEP (Vietnam Association of Seafood Exporters and Producers - Associação dos Produtores e Exportadores de Pescados do Vietnã).
O peixe-panga passou pelos mais rigorosos testes de qualidade e conquistou as certificações mais importantes para a comercialização do produto destinados à exportação: No ano de 2010, somente as exportações vietnamitas de peixe-panga somaram 659.000 toneladas, o que representa 53% de toda produção brasileira de pescados do ano de 2009 (1.240.813 toneladas). Quando comparamos o volume total de exportação de Panga com espécies mais conhecidas no Brasil, temos um cenário ainda mais surpreendente: - A exportação de peixe-panga representa quase cinco vezes mais do que a produção brasileira de tilápia (132.958 toneladas em 2009); - A exportação de peixe-panga representa quase oito vezes mais do que a produção brasileira de Sardinha (88.286 toneladas em 2009); É importante comentar que, nos Estados Unidos, o peixe-panga tem a aprovação de um dos órgãos mais respeitados do mundo: o FDA – Food and Drug Administration.
Para atender a demanda interna do Vietnã e das exportações, hoje existem muitas empresas e cooperativas focadas na aquicultura, principalmente no cultivo do peixe-panga, que hoje é conhecido como “Princesa bonita” devido ao seu alto grau de representatividade na economia do país.
Mesmo com todas as certificações internacionais dos exportadores vietnamitas, o peixe-panga ainda é alvo de retaliações disseminadas principalmente através despams e boatos de Internet (hoax) que colocam em dúvida sua origem e procedência, dificultando a sua consolidação no Brasil. Por esse motivo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil realizou uma missão ao Vietnã em dezembro de 2009 com o intuito de inspecionar as indústrias vietnamitas que, na época, pleiteavam exportação para o Brasil, assim como foram auditados os controles sanitários exercidos por sua autoridade sanitária, o NAFIQAD.
Durante a auditoria constatou-se que o Vietnã possui mecanismos de controle e regulamentação séria com instituições que realizavam o monitoramento dos perigos relacionados com a segurança dos produtos por elas elaborados. Além disso, toda produção possuía verificação de sua autoridade sanitária oficial, comprovada com documentos e evidências de auditoria, e que monitoram de perto os processos de cultivo e elaboração dos produtos da pesca, possuindo laboratórios atuantes e estruturados para esse controle.
Mesmo após alguns anos da realização dessa missão ao Vietnã, e da comprovação de sua qualidade, o peixe Panga voltou a ficar em forte evidência nos últimos meses. Voltou-se a disseminar os rumores sobre a qualidade do peixe, dizendo que ele é criado em águas poluídas, com bactérias entre outros problemas.
Esse fato levou novamente o governo a se pronunciar oficialmente sobre a espécie em questão. Foi então que, em 31 de outubro de 2011, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitiu um memorando para esclarecer, mais uma vez, a verdade sobre o peixe-panga. Mas desta vez foi constatado irregularidades nas amostras com alto índice de poluentes. Os mesmos encontrados nas águas do rio onde é feita a pesca. Portanto,escolha peixes do Brasil. Uma boa escolha é o pintado e a tilápia.

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