domingo, 28 de julho de 2013

CHOVE DENÚNCIAS SOBRE GUARATIBA

Repassando.
 
Muita gente nunca tinha ouvido falar de Guaratiba antes desse desastre ecológico empresarial-governamental-eclesiástico.
Transformado em lamaçal, o "Campo da Fé" deixou de ser usado para a visita do Papa.

Conheçam os atores e vejam o resultado. O protagonismo do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Oranio João Tempesta deve também ser colocado em foco, já que foi a Igreja quem patrocinou e é promotora/cúmplice da destruição:

Quem se vê em um único e mesmo espelho, nunca sabe quem é, já dizia o Profeta de qualquer revelação.
O Rio é lindo. Plim plim
Quando surgem as denúncias, o estrago já está feito.

Pra quem não sabe:
Guaratiba, na zona oeste da cidade, é uma área de preservação permanente ocupada por praias limpas e lindas, manguezais, remanescentes de Mata Atlântica, nascentes, e o sitio do Burle Marx.

Jacob Barata, dono de toda a frota de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, é também o sogro de Sergio Cabral Filho, o governador PMDB do Estado. Com a ajuda da Globo, Barata tentou um golpe contra a posse de Brizola nos anos 80. Brizola estatizou a frota de ônibus e instituiu o passe livre para idosos e estudantes. Por meio de liminar e do direito adquirido, os idosos conseguiram manter o passe livre até hoje. É a única vantagem dos sessenta.

O INEA, Instituto Estadual de Meio Ambiente, é o eterno terreiro de Carlos Mink, o ecológico do colete. Nos anos 80 do século passado ele fez parte de um movimento que travou a construção de um complexo hoteleiro do Galdeano (da família da Tanit Galdeano) na Prainha, ali mesmo em Guaratiba. A Prainha foi cercada e, até agora, preservada. Hoje, o INEA é o maior incorporador imobiliário de todo o Estado, vale tudo, encosta ou beira rio. Vide a Região Serrana, terra de INEA e APAs, áreas de preservação do medo permanente.

A coisa toda é tão feia que a própria Globo noticia.




http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/07/policia-e-mp-rj-apuram-denuncia-de-aterro-clandestino-no-campo-da-fe.html

27/07/2013 19h44 - Atualizado em 27/07/2013 19h44 

Polícia e MP-RJ apuram denúncia de aterro clandestino no Campo da Fé

Morador relatou que teria sido usado 'lixo, plástico e material hospitalar'.
Peritos da polícia foram até o terreno onde seria sediado evento da JMJ.

Do G1 Rio
Comente agora

A polícia e o Ministério Público abriram investigação sobre o Campo da Fé, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. As autoridades querem saber as circunstâncias em que a área foi preparada. Há suspeitas de que o terreno tenha recebido aterro clandestino, como mostrou reportagem do RJTV neste sábado (27).
O Campo da Fé, em Guaratiba, continua em evidência mesmo depois do cancelamento dos eventos da Jornada Mundial da Juventude. Para a promotora Chistianne Monnerat, o aterro feito ali é ilegal.
“Colocar o Papa para orar num aterro clandestino, aterrado com resíduos de construção civil em área de preservação permanente é uma situação muito crítica”, diz Monnerat.
Denúncia de morador
O MP pediu a abertura de inquérito a partir de uma denúncia feita por um morador de Guaratiba. Ele acusa os atuais proprietários do terreno de usar truculência contra a população para reintegrar as áreas. A denúncia relata ainda que o aterro teria sido feito com "lixo, plástico, concreto e material hospitalar", o que se configura crime.
Uma equipe de policiais e peritos da Delegacia de Proteção do Meio Ambiente foi até o Campo da Fé para investigar em que condições o aterro foi feito. A suspeita é de que não apenas as obras de infraestrutura realizadas, mas o próprio licenciamento ambiental estejam em situação irregular. O laudo sai nos próximos dias.
“Ali é terreno extenso, área de mangue, em que houve aterro, a priori, indevido com resto de obras. Também houve aterro até no manguezal, e esses elementos aí foram anexados ao inquérito, vamos chamar o representante legal da empresa”, explicou o delegado José Fagundes de Rezende.
Comprometimento ao meio ambiente
A polícia abriu investigação em dezembro do ano passado após constatar indícios de comprometimento ao meio ambiente. O empresário Jacob Barata Filho, um dos donos do terreno, e representantes das secretarias de urbanismo e do meio ambiente aparecem na lista dos investigados.
A área pertence à Companhia Vila Mar e recebeu licença do INEA para um empreendimento habitacional em julho de 2010. A licença expirou neste mês de julho, mas os donos do terreno pediram a renovação em fevereiro. Segundo o INEA, a licença está valendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails