sábado, 12 de março de 2011

RETALHOS 34

A Guiné Equatorial é um minúsculo país da África central com parcos 600 mil habitantes. O presidente Teodoro Nguema Mbasogo dirige com mão de ferro esta petro-ditadura com um pé no narcotráfico. O filho Teodorin Obiang tem uma Ferrari amarela permanentemente na porta do Hotel Meurice, um dos palácios mais exclusivos de Paris. O garotão acaba de encomendar o segundo iate mais caro do mundo: U$380 milhões. Entretanto 77% da população vivem abaixo do nível de pobreza e 35% morrem antes de completar 40 anos. Não, a democracia ainda não faz parte da maioria das republiquetas africanas. Sempre alheio às ditaduras, mesmo as mais sangrentas, o Brasil recebeu este triste indivíduo que veio com pesada comitiva passar o carnaval 2011 no Rio de Janeiro. Reservaram dois andares do Cesar Park. Só faltou um juiz Garzón para mandá-lo prender por genocídio.

Um novo partido político – mais um! – está fazendo pesada propaganda na TV. Trata-se do PRB. Cabeça de proa, o pastor Crivella é sobrinho do Edir Macedo, aquele que inventou a Igreja Universal do Reino de Deus e se deu tão bem.

Salvador deve ser a única cidade do Brasil que paga foliões para fingir que se divertem. Dúvida? É só passar meia hora no carnaval do Pelourinho para comprovar a “espontaneidade” das bandinhas e participantes com expressão de profunda indiferença e freqüentes consultas ao relógio para calcular quanto tempo falta para terminar o expediente

“A insatisfação na Arábia Saudita também não é de agora. Ela acaba não sendo tão visível quanto a dos outros países porque, como se trata de um aliado dos EUA, Washington tenta falar menos do assunto. Mas a Arábia Saudita é um dos países mais autoritários da região”, afirma Cristina Pecequilo, doutora em Ciência Política pela USP e professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O terremoto dublê de tsunami no Japão, por terrível que seja, é também um bom trampolim para animar os diversos noticiários, sempre a cata de sangue e drama para aumentar a audiência. E, conseqüência imediata, um monte de países manda telegramas de apoio moral e promete ajuda humanitária e material. Muitas vezes estas promessas ficarão sem efeito. Haverá também uma corrente de solidariedade. Anônimos comovidos coletando roupa e alimentos não perecíveis. Vários galpões ficarão entupidos de doações. Boa parte ficara mofando durante longos meses, por falta de transporte e maior falta de organização. E, para não desmentir a safadeza tradicional, alguns espertalhões aproveitarão a oportunidade para ficar com tudo aquilo que está ao alcance. Me perdoem, mas eu não vou dar nada. Cansei deste filme.

Alguém consegue ler as crônicas de Caetano até o fim? Como este rapaz gosta de falar de suas leituras e de seu umbigo! Tão chato quanto os discursos do compadre Gil.

O ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União), Jorge Hage, afirmou nesta quinta-feira (3/3) que o STF (Supremo Tribunal Federal) tem facilitado a vida de políticos corruptos com entendimentos que dão garantias exageradas aos réus. Ele fez a afirmação após a posse de Luiz Fux como novo ministro da Corte, pessoa que, em sua opinião, poderá trazer uma evolução para o STF na punição aos culpados. “Considero que a chegada do Luiz Fux ao STF é importante porque deve representar um avanço nas posições da Corte. Ele é um magistrado de carreira, que sabe da importância de se reduzir obstáculos para que os processos cheguem ao final, para que os corruptos sejam condenados e possam ir para a cadeia”, disse. Hage defendeu que o princípio da presunção de inocência não pode ser a presunção da versão do réu. Segundo o ministro, o STF tem defendido entendimentos “extremamente conservadores na linha de um garantismo exagerado, que facilita a vida dos réus de colarinho branco”. Perguntado se o Supremo não pune políticos corruptos que respondem a processo, o ministro Gilmar Mendes afirmou não estar seguro de que o Tribunal seja bonzinho com réu de colarinho branco. “O Tribunal é garantista, não permite terrorismo, não permite um estado policial”. Agência Brasil - 04/03/2011 Resta perguntar “A quando uma Controladoria-Geral do Estado?”

“Com a sua cara-de-pau peculiar, a cantora Ivete Sangalo "abandonou" o bloco Cerveja & Cia no meio do circuito Barra-Ondina do Carnaval de Salvador para ir ao banheiro. Em um de seus comuns auto-elogios, ela disse que apesar de seu corpo parecer uma máquina, precisava se ausentar por alguns instantes do comando do trio. "Preciso dar uma mijadinha e já volto". Após seis minutos ela voltou ao comando do trio cantando Céu da Boca e se disse mais aliviada. Ao voltar, ela disse que quer ver todo mundo gozando. "Afinal de contas é para isso que a gente tá vivo. Vamos lá que o Carnaval está só começando", disse ela.” (Terra) A moça não é um primor de espontaneidade e delicadeza?

A alemã Nellie Franck, excelente teatróloga, acaba de ser nomeada diretora da Fundação Cultural da Bahia. Coitada!... Ela sabe onde está se metendo?

Como revelou a coluna “Tempo presente” do jornal A Tarde, no mesmo dia cinco navios desembarcaram, praticamente ao mesmo tempo, quase 14 mil turistas no porto de Salvador. Muito pior ficou no último dia de carnaval com uns 20 mil visitantes desembarcando. Como a cidade não consegue resolver seus problemas diários de trânsito, graças a uma administração municipal desastrada e o urbanismo refém das imobiliárias, podem imaginar os resultados para o Comércio e o Pelourinho. Para o conforto dos turistas e o nosso, não seria o caso de aconselhar escalonar os desembarques em dois ou três dias? Como está hoje, a situação é incontrolável.

Odebrecht versus Gradim. Guerra entre titãs. Briga de branco: Trata-se de alguns bilhões. Vitória bem mais difícil a conquistar que esmagar intelectuais indefesos.

Acabo de receber do professor Marcos Palácios, lecionando em Portugal: "O Plagium é um novo detector de plágios, em estágio beta. A partir de um texto inserido pelo usuário, o mecanismo faz buscas, identifica as fontes de onde saíram as partes e até produz gráficos com os plágios detectados. Experimentei com textos de minha autoria e de membros do GJOL e funcionou bastante bem. É gratuito e não exige registro. A informação chegou-me através da Profa. Rosa Lídia Coimbra, da Universidade de Aveiro."

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